Musicoterapia: Como pode ajudar o seu filho com autismo?

Musicoterapia: Como pode ajudar o seu filho com autismo?

Ter um filho diagnosticado com autismo é ter de ajustar expectativas e idealizações que tínhamos para esta criança. É mergulhar num mundo desconhecido só dela, numa tentativa de nos encontrarmos e poder ajudá-la a socializar no aqui e no agora. No percurso de vida de uma criança do espetro do autismo, podemos cruzar-nos com uma série de dificuldades que vão mudando ao longo do tempo e que causam prejuízo no dia a dia da criança e no dos que a rodeiam.  

Vejamos algumas das dificuldades mais comuns:

  • Dificuldades de comunicação e de socialização, 
  • Respostas desajustadas aos estímulos que vêm de fora;
  • Dificuldade em lidar com algumas mudanças; 
  • Comportamentos repetitivos;
  • Não compreensão da subjetividade..

A Musicoterapia é uma intervenção que usa um dos recursos mais apelativos a qualquer criança (e adulto também): a música. Nesta intervenção, podemos obter respostas mais interativas de crianças diagnosticadas com autismo e observar uma maior tolerância à relação com o outro, seja este uma criança ou um adulto. Neste contexto, veem-se abertos canais de comunicação e de expressão sem usar a palavra, os comportamentos repetitivos tendem a diminuir e a criança fica mais disponível para o que a rodeia.

Num contexto musical, a relação que se cria com a criança com autismo vai promover o contacto visual, a atenção, a tolerância à mudança e à proximidade física, bem como a disponibilidade para a relação e para a comunicação. A Musicoterapia pode também ajudar a criança do espetro do autismo a expressar mais e melhor as suas emoções e a desenvolver competências cognitivas, sensoriais e motoras.

Apesar de poder ser um processo longo, a Musicoterapia revela-se uma abordagem muito promissora em crianças com perturbações do espetro do autismo. O contexto musical e todas as suas características tão peculiares e promotoras de desenvolvimento podem ser fulcrais na mudança de paradigma da criança com autismo. Aspetos como o interesse por si própria, pelo mundo, pela aprendizagem e até mesmo a fala, no caso de crianças não verbais, são sempre sinais de sucesso da intervenção com esta população.

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